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Entenda a importância do design para os negócios

Comunicação Leia em 5 minutos
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“Feijão em lata”, “arroz”, “café”, entrar em uma vendinha da década de 40 era como passear por uma lista de obviedades, afinal, com poucas marcas no mercado nenhuma empresa se preocupava em criar algum diferencial entre o seu produto e o do concorrente. Mas aí a concorrência cresceu e com isso surgiu a necessidade de se fazer diferente e criar uma conexão com aquele possível comprador. Algo que potencializou a importância do design para os negócios.

Tido como um grande diferencial estratégico, o design passou nas últimas décadas de coadjuvante para protagonista, mostrando o poder das cores e formas para potencializar o sucesso de um produto. Mas como isso funciona? Por que o design é tão vantajoso assim para um marca? São essas e outras perguntas que iremos abordar por aqui nesse post. Portanto, se quiser saber as respostas, basta conferir.

O que é design?

Primeiro vamos começar do começo explicando direitinho o que na verdade é design.

Muitas pessoas acreditam que algo com um bom design é simplesmente algo bonito ou até mesmo “caro”. Mas não é bem assim a história. O bom design, de forma bem clara, envolve uma mistura entre forma e função capaz de resolver um determinado problema da pessoa ou da empresa.

Uma cadeira, por mais bonita que seja, se não for confortável para sentar não estará entregando a sua principal função, certo? E o mesmo vale para uma linda panela que não vier com as devidas alças ou um celular que tiver um visual maravilhoso mas não conseguir ficar ligado por mais de 1 hora. Em resumo: o design é tão relacionado à função de alguma coisa quanto ao seu visual. E por isso, também, não é tão difícil, até mesmo para um leigo, ter algum tipo de percepção sobre a qualidade de um design.

A percepção de qualidade

Algumas pessoas também costumam dizer que não sabem diferenciar um bom design de um design mais fraco, chegando até mesmo a comentar que para eles “tanto faz” entre um e outro. No entanto, na prática isso não funciona desse jeito.

Produtos como um iPhone, por exemplo, são produzidos com peças de alta qualidade – que podem ser sentidas no toque – e desenhos que buscam entregar a melhor experiência para um usuário, diferentemente do que acontece com as famosas versões “Xing Ling”. E o mesmo vale até para lojas.

Lojas projetadas por arquitetos e decoradores experientes passam um sentimento diferente para o comprador do que aquelas projetadas por amadores. E isso sem contar que, por exemplo, você consegue identificar quando está dentro de uma Renner ou Riachuelo apenas por causa de sua identidade visual – vermelho e branca ou azul e verde. Algo que não acontece em lojas que não têm uma boa identidade estabelecida e que faz muita diferença para o branding de uma empresa.

O poder do branding

Tente se lembrar do logotipo do McDonalds. Conseguiu? Agora tente se lembrar da marca da Disney. Conseguiu também? Ótimo! No entanto, não é difícil de pensar que apenas ao ler “McDonalds”, além de lembrar do logo amarelo sobre um fundo vermelho, você tenha se lembrado de algumas de suas lanchonetes, da cor do piso e, claro, de um de seus hambúrgueres. E o mesmo vale para a Disney. Ao ler o nome da empresa e imaginar sua marca, podemos também lembrar rapidamente de alguma animação da empresa, algum filme ou, para quem já foi em um de seus parques, o sentimento que teve ao estar por lá. E isso tudo é culpa do tal do branding.

Capaz de criar uma relação afetiva entre uma marca e seu cliente – e com isso aumentar a lucratividade e o valor da empresa -, o branding usa a identidade visual e diferentes estratégias de marketing para trabalhar a maneira com que uma pessoa realmente enxerga e entende uma marca. Porém, sem um bom planejamento de design é impossível criar esse tipo de relação. E por isso ele hoje é tido também como um forte diferencial no mercado.

Algo que iremos comentar logo a seguir.

Design como diferencial de mercado

Em sua palestra durante o último SXSW (South by Southwest, que acontece todo ano na cidade norte-americana de Austin, no Texas), o empresário John Maeda mostrou alguns dados que apontavam como o design tem fator decisivo para diversas empresas do Vale do Silício. De acordo com Maeda, além de achar soluções mais práticas e elegantes para os seus projetos, os donos de negócios que investem no design também têm conseguido encontrar investidores mais facilmente do que aqueles não apostam nisso.

Também apostando no design como diferencial, nomes conhecidos como a já citada Apple, Havaianas e Fiat já lucraram bastante ao focar nesse aspecto. Vale lembrar que as famosas sandálias de borracha, por exemplo, logo no começo da década de 90 acompanhavam uma enorme queda em suas receitas até resolverem lançar novos modelos de produtos que, além de serem mais coloridos, conversavam com algumas pessoas que antes a marca não atingia. E o mesmo vale para o novo Uno da Fiat, que entrou em cena buscando revitalizar o conceito de um de seus modelos que já não fazia tanto sucesso com o público jovem como antes.

Junto a tudo isso, muitas outras empresas têm usado a metodologia de design thinking – “pensamento do design” – para criar produtos inovadores e até ambientes de trabalho mais colaborativos e interessantes. Uma metodologia em que, diga-se de passagem, não é preciso ser designer para colocar em prática (dentro e fora do escritório).

A importância do design nos negócios, como você pôde ver, vai muito além de criar produtos bonitos. Podendo servir como diferencial competitivo e até de inovação, o design é uma ferramenta capaz de transformar a sua marca em algo de destaque no mercado. Por isso, não deixe de pensar e nem de investir nesse aspecto quando for abrir a sua empresa.

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